sábado, 22 de setembro de 2012

As Pedras de Elementra. Capítulo 17

17. O ilusionista


A gente estava correndo a plenos pulmões. Porém minha velocidade caia e caia... Será que era só eu que estava me sentindo fraco diante daquele dragão?

-Espera... Pessoal... – falei ofegante.

-RÁPIDO! – Melody gritou.

Eu olhava fixamente para frente enquanto corria, eu não aguentava mais ficar em pé, sabia que logo, logo, eu cairia no chão exausto.
Melody olhava lá da frente para mim, pedindo-me para correr. Ela tinha uma expressão de medo na rosto, mas por quê?
Decidi me virar para trás. Rapidamente virei meu corpo para trás, e vi o gigantesco dragão vindo na minha direção, a dez passos de mim. E logo atrás dele, uma força sombria era deixada para trás.

-SELION! – Adrian e Blanorcana gritaram.

-O que... É você? – ouvi uma voz perguntar dentro de mim, uma voz que eu já havia ouvido antes.

O dragão se aproximou sem hesitar até mim, e senti o lugar ficar frio outra vez. Um frio que eu reconhecia. O dragão esticou a mão até mim. Pela força negra que ele jorrava para fora do corpo... Era possível eu saber que eu não iria sobreviver a aquele golpe. Fechei os olhos assustado, esperando o ataque. E nada aconteceu.
Abri os olhos.
Vi Melody se atirando na frente do ataque.

-NÃOOO! – gritei junto de Richard.

Melody sorriu quando foi jogava com tudo no chão.

-M-melody! – falei trêmulo – Por que fez isso?

Havia um buraco enorme, atravessando seu corpo, mas estranhamente, nenhuma gota de sangue.

-Eu fiz o necessário, Selion – ela continuou a sorrir. – Mas relaxe.

Após essa breve fala, um clarão se acendeu no chão, e quando se apagou, ela não estava mais lá.

-MELODY, NÃO! – Adrian gritou.

-E-ela se f-foi... – falei com lágrimas no rosto.

O dragão gritou atrás de mim. E uma risada soou. Tudo ficou gelado, calado e calmo.

-G-gente... – falei congelando.

-E-esse Grandark tem q-que d-desligar o ar-condicionado... – Blanorcana falou tremendo.

-Muahaha! – o dragão gigante riu atrás da gente.

Olhei para ele com raiva.

-QUEM PENSA QUE É? MATAR NOSSA AMIGA E DEPOIS FICAR RINDO A NOSSAS CUSTAS, SÃO COISAS QUE NÃO PERDOO! – gritei me transformando em dragão.

Voei até ele e soquei sua cara. Para minha surpresa, ele se desfez, virou pó quando me aproximei dele.

-QUE PALHAÇADA É ESSA? – gritei aos céus com a voz de dragão ridiculamente alta.

Olhei ao redor, estava ficando escuro. As luzes iam apagando e quebrando no caminho. Fui para perto dos outros.

-Perto! Fiquem perto! – Richard mandou.

-Não precisa falar duas vezes – falei me acalmando e voltando ao normal.

-Vamos ver se estão todos aqui. Adrian? – Richard perguntou.

Não houve resposta.

-Adrian? Blanorcana? Selion? – Richard perguntou com um tom de voz estranho.

-Só eu estou aqui... – falei.

-Essa não – ela resmungou.

-Tem como acender uma luz? – pedi.

-Claro – ela falou criando uma pequena bola de luz que ficou flutuando.

Quando o lugar ficou mais iluminado, percebi que eu estava cara-a-cara com Adrian.

-Que susto! – falei tenso – Não faz isso Adrian, não é hora de brincadeira...

Não tive resposta.

-Tem como aumentar a luz? – perguntei.

-Claro – ela repetiu fazendo uma segunda bola de luz, dessa vez maior.

Agora, que o lugar estava iluminado o suficiente, percebi que Adrian estava todo amarrado, da cabeça até os pés, coberto por uma espécie de fita.
E Blanorcana estava do mesmo jeito, flutuando junto com ele, ao seu lado.

-R-richard... – falei tremendo.

-O-o q-que foi? – ela falou trêmula.

-Achei eles... – falei com a voz abafada.

-É...? Eu achei algo pior.

Me virei e vi vários esqueletos no chão. Alguns se movendo, outros rachando e deixando sair uma luz verde de dentro deles.

-O que é isso? – perguntei libertando Adrian.

Adrian respirou bem fundo após ser libertado, fazendo um barulho que fez eco em todo o lugar. Pedi para ele ficar quieto.

-E-eu não sei, mas seja o que for, está se aproximando! Estou sentindo! – Richard falou com medo.

-Como você pode ter medo? Isso é um clichê de filme de terror! – Adrian reclamou.

-É a vida real, acorde – Richard brigou dando um tapa na cara de Adrian.

Libertei Blanorcana rapidamente e fui até Richard.

-Você me deve respostas! E... Espera um pouco... Pensando bem... Mariana não estava conosco?

-É... É VERDADE! MARIANA! CADÊ VOCE?! – Richard gritou.

Olhei bem para os esqueletos e vi um papel perto de um. Um papel de caderno rosa.
Cuidadosamente fui até lá, enquanto Richard acalmava Blanorcana e Adrian.

-Quase lá – sussurrei.

Me estiquei e peguei a folha.
Tentei deixar ela lisa, mas estava muito amassada.
Comecei a ler.

-Essa não – falei indo até Richard.

-Se acalma Blanorcana, não tem inimigos aqui – Adrian pediu.

-Mas eu estou sentindo! – ela reclamou.

-Richard! Olhe o que eu achei – falei colocando a folha na cara dela.

Ela começou a ler em voz alta.

-“Nem tudo é o que parece ser, lembre-se disso. É uma ilusão do ilusionista de Edwon! Aqui é a Mariana, e estou protegendo vocês no momento! Só que vocês terão que se livrar dessa maldição, ou seja, derrotando... ‘Ele’. Atenciosamente Mariana” – Richard leu.

-Como assim ilusionista de Edwon? Quem é Ele? Isso ta me parecendo encrenca – palpitei.

-Selion, não há tempo, vou te contar o mais rápido possível. Um fantasma, chamado Ilusionista de Edwon nos atacou. Você foi o primeiro a ser atingido. Nós nos libertamos, mas parece que não estávamos tão certos assim... – Richard explicou.

Após essa explicação (que não explicou tudo direito) ela fez Adrian e Blanorcana flutuarem e começou a correr para o norte, rachando muitos ossos.

-Richard! – gritei correndo atrás dela.

Parecia... Que ela sabia o caminho, mas eu sei que isso não era verdade.
Enquanto andava, percebi o frio aumentar. Foi assim que ela descobriu onde estava nosso inimigo.
No meio do caminho, ela parou e me puxou para trás.

-O que foi? – perguntei.

-Você vai primeiro – ela disse me empurrando pra frente.

Eu estava caindo em direção a um vórtice de luz. Comecei a gritar, quando percebi, estava num quarto roxo todo iluminado. Ele era macabro, havia uma cama, instrumentos medievais de tortura, e vários objetos afiados.

-Quem vive aqui? – perguntei.

Uma voz gritou atrás de mim. Um grito tão estridente que senti meus ouvidos doerem. Me virei por reflexo e vi o fantasma avançando até mim.
Rapidamente peguei uma flecha de minha mochila e usei como bloqueio entre eu e ele.

-Não dessa vez – falei sorrindo.

Golpeei ele usando minha flecha como mini-bastão.
Ele era rápido, mas eu tinha uma coisa ao meu favor. Raiva.
Raiva de sair de lá, raiva daquele lugar, de tudo! E para um dragão, raiva é o sentimento mais forte.

-JÁ CHEGA! – gritei atirando uma flecha dentro do monstro. – NÃO AGUENTO MAIS VOCÊ!

Estava quase o matando quando Richard apareceu e me impediu.

-Espere! – ela gritou.

Ela foi até o monstro, que estava caído no chão, e arrancou sua mão de esqueleto.

-Lembrancinha – ela falou com um sorriso bobo.

Quando fui ver o fantasma, ele havia desaparecido, porém uma nova porta havia aparecido na minha frente.

-Vamos – mandei.

Ultrapassamos a porta sem olhar para trás e do outro lado vimos Mariana cercada de pequenos totens.

-O que é isso? – perguntei.

-Funcionou! Consegui abrir a porta! – ela comemorou.

-Eu estou enjoando desse lugar, vamos embora – Blanorcana apressou. 

-Não! Estamos quase lá! – Richard exclamou.

-Cadê a Melody? – perguntei.

Mariana apontou. Olhei para onde ela havia apontado. Vi Melody empurrando com todas as suas forças uma porta que estava a tremer.

-Adrian, vai ajudar! – pedi.

-Sim – ele falou correndo.

-O que é isso Mariana? – repeti.

-Bom... Totens místicos. O único jeito que achei de ajudar vocês... – ela explicou.

-Obrigada – Richard falou sorrindo.

-E quanto a Melody? – Blanorcana perguntou.

-Está mantendo o lugar seguro para eu poder completar o teletransporte de vocês... – Mariana explicou de novo.

-Ok... Mas, o quê tem do outro lado da porta? – Blanorcana perguntou.

-Também quero saber – Richard comentou.

-Bom... Eu acho que é um dragão... – Mariana falou se levantando.

Ouvi Adrian e Melody gemerem, e caírem cansados no chão. Corremos para ajudar no mesmo instante.

-Vocês estão bem? – perguntei.

-Vocês demoraram muito! – Melody brigou.

-Ela me parece bem – reclamei.

Antes de Richard poder falar alguma coisa, a porta que Melody e Adrian estavam segurando se abriu. E de lá saltou um vulto preto. Um... pequeno vulto preto.

-O que é isso? – perguntei olhando para a pequena criaturinha se escondendo na sombra.

-Não deve ser nada, vamos indo – Adrian declarou confiante.

-Nada disso, se a gente não conseguiu segurar essa coisa atrás da porta, imagina se ele nos atacar enquanto estamos distraídos? Pensa um pouco! –Melody explicou.

-Ela está certa – falei atirando fogo atrás da pequena criatura.

-Aparece! – Blanorcana pediu.

A criaturinha deu um passo a frente.

-Isso, vem! – Richard falou.

Ele deu mais alguns passos a frente. E conseguimos ver como era.
Nos deparamos com um dragão azul do tamanho de um polegar!

-Como é que isso venceu a gente? – Adrian bufou.

-Ele é fofinho – Blanorcana falou se aproximando.

-Cuidado! – Richard tentou avisar, mas era tarde.

O dragão pulou em cima de Blanorcana.

-Inofensivo – Blanorcana falou feliz.

O dragão subiu sobre a cabeça de Blanorcana, e começou a morder e puxar seus cabelos.

-AI! FAÇAM ELE PARAR! – Blanorcana gritou irritada.

Adrian começou a rir sem parar.
Richard foi tentar tirar o pequeno dragão de cima de Blanorcana, porém, ele não aceitou muito bem. Foi só Richard tentar tocar nele, que ele pulou no chão e seus olhos ficaram vermelhos, junto de suas escamas.

-O que é isso...? – perguntei me transformando em dragão.

Melody deu um passo em sua direção, e então ele mordeu sua perna.

-Ei! – ela gritou. – Morgedus Gaminus. – Melody falou com uma voz cheia de eco, com os olhos brilhando.

O dragão começou a inchar e a voar em direção da cabeça de Melody, mas antes que pudesse ter controle, ele voltou ao normal e caiu no chão.

-Essa é nova... – Adrian comentou. – Você estudou feitiços enquanto estávamos sob encanto do ilusionista por acaso?

Melody apenas sorriu.
Encarei o dragão, e percebi que ele estava crescendo. Em menos de um minuto, já estava com metade do meu tamanho.

-G-gente... – gaguejei.

Richard pegou seu leque e se preparou para atacar caso a coisa ficasse feia.
Tomei distância do dragão e taquei fogo nele. Mas ele não sentiu dano, só começou a crescer mais rápido.

-Acho que essa é a hora perfeita para correr! – Melody sugeriu.

-Mas eu quero bater nele... – Richard falou triste.

-Não é hora! – Blanorcana e Adrian gritaram ao mesmo tempo.

Peguei o braço de Richard e a puxei em direção à porta. Ela tentou voltar lá e lutar contra o dragão, que já estava maior que eu e o meu estado dragão um em cima do outro, mas eu fui mais forte.
Atirei ela na frente e comecei a voar em direção a porta.
...

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Desenho u3u

(Nyctea scandiaca \o/)

Foi o que consegui fazer, ficou bom? :3

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Polar o/

 Vocês conhecem o Polar no livro, mas não na real.
Então peguei minha mente e fiz um desenho epic fail dele, e de suas possiveis evoluções. Espero que gostem!

Normal:




Tá horrível, eu sei ><

" SHOU SHINKA! " : (Com o nome de Polarius u-u)


Esse ainda ta ruim ><

" Zeo Shinka! " : (o nome dele é Ninpser u.u)


Eu sei que eu desenho mal ta? Ç-Ç

E o ultimo que eu tirei a foto (porém tem mais um ><):

Thero shinka :



Esse aí ^ Se chama Lupert u-u