18. As escadas d’água
-Hey! – Richard reclamou.
-Não é hora pra
bancar a forte! – gritei correndo.
Richard pousou
delicadamente no chão, fechou a porta após passarmos e gritou para corrermos.
Tentei voltar mas Richard me olhou com uma cara que dizia que eu morreria se
não obedecesse.
Corremos o
máximo que conseguíamos.
...
Paramos perto de
um lugar bem longe onde podíamos nos esconder.
-Arf arf... –
Adrian respirava com dificuldade.
-Melody, não pode
fazer um feitiço de cura ou... – falei me virando.
Percebi que ela
não estava lá.
-Melody? –
chamei.
Mariana sentou
no chão e apontou para a porta.
-Foi ajudar a
Richard – falou brevemente.
-Por que não nos
avisou?! – Blanorcana perguntou.
-Eu só fui
descobrir agora tá? – ela respondeu num tom alto de voz.
-Eu vou lá –
falei.
-Não vai não! –
Adrian interferiu.
Não dei a mínima
importância para o que ele disse e comecei a voar em direção das duas. Olhei
para trás e o vi correndo atrás de mim.
Taquei fogo na
frente dele, então ele parou e foi junto de Mariana e Blanorcana.
Eu via de longe
elas segurando a porta, que estava praticamente se desmontando em cima delas.
“Não vou chegar
a tempo” a frase ecoava na minha mente num ritmo perturbador. Tentei apressar o
passo, digo, as asas. Porém antes de eu chegar até elas, vi a porta se romper,
e a enorme criatura que agora mal passava pela porta, erguer o seu longo pescoço até elas e soltar um longo rugido,
seguido de uma enorme bola de fogo.
-NÃO! – gritei.
A suposta
vaporização das duas me fez perder o equilíbrio e caí com tudo no
chão. Me levantei e olhei ao redor. Fiquei aliviado, vi as duas se escondendo
do lado da porta. “Elas podiam ter avisado que sabiam teletransporte!” reclamei
mentalmente.
“Foi mal.” Uma voz ecoou na minha mente.
Olhei para
Melody, e ela sorriu sem jeito. Mal pude olhar para frente, que o gigante
dragão me deu um soco, e eu voei numa velocidade “ esplendorosa” até uma parede
perto do lugar onde Adrian e Blanorcana se escondiam.
-V-você está
bem? – Blanorcana perguntou.
-Fiquem parados
aí – falei.
De repente, o
Polar apareceu e olhou fixamente para Adrian e Blanorcana.
-Eu cuido deles – ele falou com aquela voz robotizada.
-Valeu amigão – respondi voando em direção ao grande dragão que havia parado de crescer.
-E então... Quem
é você mesmo? – ouvi Blanorcana perguntar.
Voei o mais
rápido que pude, e surpreendentemente, cheguei ao meu destino em menos tempo
que da ultima vez. A parte ruim, é que quando cheguei lá... Melody já estava
cansada de tanto teleportar, e por isso estava indefesa.
-Eu vou ajudar!
– gritei.
Comecei a tacar
fogo no dragão, para dar tempo de elas fugirem. Mas nada aconteceu, ele não
reagia.
Atirei mais,
mais e mais fogo nele, mas tudo que ele fazia era lançar uma espécie de fogo
azul em Richard e Melody. Richard lutava para conseguir desviar os ataques
usando seu leque.
Do nada, senti
algo no meu ombro.
Não demorou
muito para ver que o Lenny, meu Pufi verde, estava no meu ombro olhando bravo
para o dragão.
-O que você
quer? – falei apressado.
Sem fazer nenhum
barulho ou ruído, ele pulou no dragão e começou a soltar faísca.
-Mas... O quê é
isso? – Richard falou descansando, pois o dragão tinha parado de atacar.
-Eletricidade
estática... – Melody murmurou se levantando.
-Como assim? –
Richard perguntou.
O dragão começou
a ficar menor, percebi que Lenny estava começando a se cansar. Olhei para
Melody e Richard, e vi que Melody estava comendo uma coisa que parecia uma
semente de girassol.
Lenny estava
soltando menos faíscas.
-Solenium! –
Melody gritou, enquanto apontava um cajado para o dragão.
-Aaaaah! –
Richard falou protegendo os olhos da grande claridade que saia do cajado, e
atingia o peito do dragão.
Eu ficava
olhando, admirado, o grande relâmpago que Melody havia atirado no dragão, que a
esta altura, já estava bem menor que antes.
Resolvi ajudar.
Me concentrei e comecei a atirar fogo no dragão, mas não era o que eu queria.
Parei um pouco e
olhei fixamente para os olhos do dragão. Ele não parecia tão mau agora, que
estava ficando quase do tamanho de uma pessoa normal.
“Será que eu
consigo atirar mais alguma coisa que não seja fogo?” pensei. Talvez Richard
soubesse a resposta, mas essa não era uma boa hora.
Voltei ao normal
e aterrissei no chão.
-Vocês estão
bem? – perguntei.
-Sim, nada que
uma semente da vida não resolva – Melody falou sorrindo.
“Sim, nada que
uma semente da vida não resolva.” Essa frase não parava de ser repetida na
minha mente. Eu não conseguia parar de ouvi-la. Estava me agonizando.
Teve uma hora,
que a frase tinha outra voz, uma voz mais fina que a de Melody, uma voz que me
parecia familiar, mas que, pelo menos eu acho, nunca ouvi antes.
-Selion! Selion! – Richard me chamava.
Abri os olhos e
vi Richard me olhando de um jeito esquisito, enquanto Melody acariciava Lenny,
e na outra mão segurava uma gaiola com um minúsculo dragão azul.
-O que houve? –
perguntei coçando a cabeça.
-Você... Caiu no
chão e começou a gemer – Richard explicou.
-E nós
conseguimos um novo aliado – Melody disse, apontando para o dragão na jaula. –
Ele só nos atacou porque estava com a pata machucada, e pensou que iríamos
machucá-lo.
Passei a mão na
minha cabeça, e lembrei na hora.
-ADRIAN E
BLANORCANA! – gritei.
Corremos até
eles o mais rápido que pudemos, mas era tarde. Eles estavam “eletrocutados” no
chão, devido ao efeito do Polar.
-Eles tentaram
fugir – Polar falou enquanto mordia uma pedra de gelo. – Quer?
-Eu aceito.
Peguei o gelo de
Polar, e comi.
-Hmmm, isso é
tão bom pra esfriar um pouco a cabeça – desabafei.
-E quanto a
eles? – Richard perguntou.
Antes de alguém
conseguir responder, o chão tremeu, e uma parte do teto se abriu.
-O que é isso? –
Polar perguntou.
-Não sei, e não
quero descobrir – Richard falou.
-AMANDIU! –
Melody falou com uma voz tão alta que ecoou por todo o lugar.
Com o feitiço de
Melody, Adrian e Blanorcana acordaram rapidamente.
-O que houve? –
Adrian falou atordoado.
-Nada. Agora
corre! – Richard falou empurrando os dois.
-Por quê? –
Blanorcana reclamou coçando os olhos.
Ninguém
respondeu. Só começamos a correr.
Blanorcana ficou
parada, imóvel, e olhou para trás. Um segundo depois ela estava correndo do meu
lado.
-Podiam ter
avisado né? – ela reclamou.
Corremos,
corremos e corremos. E quando chegamos no fim da “sala”, adivinha o que
achamos. NADA! Não havia nada, só um monte de pedras.
-E agora? –
Adrian perguntou.
-Hã... Vamos
tentar tirar as pedras do caminho – falei sem pensar muito. – Só quero sair
logo daqui.
-Claro –
Richard falou atirando algumas pedras pra longe.
Comecei a tirar
as pedras do caminho, mas eu estava totalmente exausto de ficar voando pra lá e
pra cá. Eu estava tonto, com dor de cabeça, cheio de problemas, mas não era
isso que iria me impedir de fugir de lá.
Isso mesmo, eu
queria fugir, não conseguia suportar mais aquele covil. Tirei pedra por pedra
do caminho, sem nem olhar para trás, até que ouvi alguém me chamar.
-Selion! Selion!
– Blanorcana gritava no meu ouvido.
-O que você
quer? – perguntei irritado.
-Você sabe que
está tirando a mesma pedra do caminho a uns dois minutos né? – Adrian reclamou.
-E-eu estou? –
falei olhando a pedra em minhas mãos.
-É – Melody
falou me entregando uma semente. – Coma, vai se sentir melhor.
Engoli a semente
rapidamente e senti minha energia voltar como num estalo de dedos.
-Uau! Isso é
bom. – exclamei.
-Que bom que
gostou, agora pare de enrolar e vamos que Richard não vai aguentar por muito tempo – Melody alertou.
Olhei para o
lado, Richard estava praticamente desmaiada no chão tentando jogar a última
pedra (a maior de todas) pra longe.
-E-estou quase
desbloqueando a p-porta... – Richard falou exausta.
-Deixa que eu
termino o serviço – Melody falou fazendo um encantamento para levitar a pedra
para longe.
O feitiço de
Melody não foi muito eficaz, mas colocou a pedra a uma distância razoável, que
nos deixasse atravessar a porta.
-Por que não fez
i-isso antes? - Richard reclamou tentando levantar.
-Desculpe –
Melody pediu.
-Tudo bem, vamos
indo – Richard ordenou.
Olhei para trás
uma última vez antes de seguir em frente, e percebi o que era aquilo descendo
do teto. Um enorme aspirador de pó, bom, na verdade, uma parte dele.
Tentei avisar alguém
sobre aquilo, mas ele começou a funcionar, e uma enorme força de sucção começou
a funcionar. Me segurei na porta, e todos os outros fizeram o mesmo, menos
Richard, que estava fraca, e consequentemente, foi pega.
-NÃO COMIGO
AQUI! – Melody falou se soltando e indo em direção de Richard.
Mas, Melody não
chegou a tempo. Richard foi aspirada para dentro e logo depois, o
enorme objeto escuro saiu da sala rapidamente da mesma maneira que entrou. A
enorme quantidade de ar que o aspirador havia puxado, rapidamente se dissipou,
fazendo com que todos nós caíssemos brutalmente no chão.
-Bem que o
Grandark poderia ter colocado um chão mais macio... – Blanorcana reclamou.
Olhei para
Melody, ela atirava rajadas de energia freneticamente para cima, mas não dava
em nenhum resultado.
Eu, Adrian e
Blanorcana nos aproximamos com cuidado, e quase fomos acertados por uma bola de
fogo.
-EU AVISEI! ERA
PARA ME ESPERAREM LÁ FORA, E AGORA OLHA O QUE FIZERAM! – Melody gritou, quase
chorando.
-S-se acalma –
Blanorcana pediu.
-VOCÊS VIRAM NO
QUE DEU NÃO ME OBEDECER? – Melody gritou mais alto.
-Sim. Mas havia
uma razão para nós estarmos aqui. Não importa, se você não gostou, nós viemos ajudá-la. Você estaria aqui sem a nossa ajuda? – expliquei.
Ela ficou em silêncio. Segundos
depois ela se levantou e andou em direção a porta, em que havíamos nos segurado
antes.
-Aonde vai? –
Adrian perguntou sorrindo.
-Salvar uma
amiga.
...
Eu estava
sozinho. Vagando sozinho pelo covil secreto de Grandark, nosso atual
arqui-inimigo.
“Selion, como
você vai achar alguma coisa nesse corredor vazio?” pensei sem parar.
Parecia que eu
estava andando a horas, pelo mesmo corredor, sem nada na minha volta, só parede
sólida, pintada de um cinza claro.
Eu havia me
separado de meus companheiros, logo após de Richard ter “desaparecido”.
“Eu devia ter
escolhido um outro corredor.”
Após
atravessarmos a porta, que Richard havia liberado para nossa passagem, nós
encontramos quatro corredores, a melhor escolha era nos separarmos. Adrian foi
com Blanorcana, e eu e Melody seguimos outros caminhos.
-Que chato. –
reclamei. – O quê será que está acontecendo com os outros?
A tocha que eu
havia encontrado no início do corredor, estava começando a se apagar. Taquei
mais fogo em cima dela, mas não adiantou. Poucos minutos depois, eu estava
completamente no escuro.
-Isso não acaba?
– falei parando um pouco.
Num ato
repentínuo, o Polar apareceu em minha frente, clareando a escuridão.
-Onde estava? Eu
preciso de ajuda aqui, sabia? – resmunguei.
-Mas... Você não
está fazendo nada. – Polar respondeu.
-Eu estava no
escuro, minha tocha não está funcionando, e se por acaso tivesse uma porta, ou
um quarto suspeito lá atrás que eu não pudesse enxergar?
-Com certeza não
tinha nada. – Polar falou com uma voz seca.
-Como você sabe?
-Eu analisei o
lugar... Você está em um círculo vicioso, como naquele labirinto.
-O QUÊ? – falei
irritado.
Notei que o
Polar olhava fixamente para o chão. Olhei também.
-O quê têm o
tapete? – Perguntei.
-Tire-o da
frente. – Polar ordenou.
Coloquei fogo
nele, reduzindo-o a pó, e tudo ficou mais claro, havia um interruptor lá.
Apertei o
pequeno botão azul com o pé, e uma parede se abriu na minha frente, através
dela, vi Melody segurando uma vela.
-Melody? –
perguntei.
Antes que eu
pudesse agradecer a ajuda, o Polar já havia sumido, ido para sei lá onde.
-Selion? –
Melody devolveu.
-O Polar me deu
uma ajudinha...
-Venha, eu acho
que descobri uma coisa, mas preciso de você. – Melody contou.
Atravessei o
buraco na parede, e me deparei com uma gárgula segurando uma esfera azul com a
boca.
-Têm uma
inscrição em cima dela, na parede. E diz que: “ Você deve acender a esfera, com
sua chama interna.”.
Fiz sinal de
positivo para ela, e joguei fogo na esfera, fazendo-a brilhar intensamente.
Ouvi sons de
engrenagens, e pouco depois, eu ouviu o sonoro grito de Adrian e Blanorcana,
que caíram ao meu lado.
-Como foi o passeio?
– Melody riu.
-Háhá, to
morrendo de rir. – Blanorcana falou frustrada.
-E agora? –
perguntei.
-Sei lá... –
Melody respondeu.
Olhei ao redor,
e percebi uma coisa estranha.
-Aquela escada
sempre esteve ali?
...
-Ai... Que dor
de cabeça... – falei tonta.
Olhei ao redor.
-Onde estou? –
falei tentando mexer os braços. – Ei! Não consigo me mexer!
-E você não
deveria Richard. – Grandark falou entrando na sala. – Bem-vinda ao meu
calabouço. Você pode ficar e aproveitar o lugar... Ou se juntar a mim.
-Bem capaz.
Prefiro morrer do que ajudar você.
Eu estava presa.
Totalmente grudada do pescoço aos pés, por uma gosma roxa estranha.
-O quê
exatamente é isso? – perguntei.
-Você gostou? É
mais um dos benefícios de ter a pedra da escuridão...
Encarei
Grandark.
-Você não vai se
safar dessa! – gritei tentando sair de dentro dessa gosma.
-Calminha,
sempre que se mexe, mais apertado vai ficar aí dentro.
Grandark chegou
mais perto, e se ajoelhou ao meu lado, segurando a pedra da escuridão. Ele
vestia roupas totalmente pretas, com detalhes vermelhos, camiseta preta, calção
preto.
-Escolha. Vai se
unir a mim, ou...
-NUNCA! – gritei
o mais alto que pude.
Dessa vez, eu
estava sozinha.
Ele aproximou a
pedra da escuridão de mim, me encarando.
“O quê esse
maluco vai fazer?”
E então, ele
colocou a pedra sob minha cabeça. Tudo que eu pensava era... Destruir!
A gosma se
desfez.
-Bem-vinda, hà
Grand Destruction, Richard. – Grandark falou sorrindo maliciosamente.
-Sim, meu lorde.
– falei fazendo reverência.
Grandark tirou
de seu bolso um celular, e me mostrou uma foto de quatro jovens.
-Quem são esses,
meu lorde? – perguntei.
-As pessoas que
você deve destruir.
...
-Mais rápido
pessoal! – Melody gritou. – Richard está em perigo.
-Essa escada por
acaso não tem fim? – falei ofegante.
-Têm sim, ali na
frente. – Adrian falou tomando água.
-Da onde veio
essa água? – Blanorcana perguntou com cara de sede.
-Eu coloquei
pressão nos canos de água, lá atrás, então usei meu poder sob a água para colocá-la
dentro desta garrafa. – ele explicou.
-VOCÊ FEZ O QUÊ?
– eu e Melody gritamos.
Não demorou
muito para vermos a água começar a subir em nossos pés.
-Que sensação
gostosa... – Adrian falou folgado.
Blanorcana pegou
Adrian pela gola de sua camisa que agora estava encharcada, não sabemos o porquê.
Começamos a
subir mais e mais rápido.
-Ei, para de me
chutar Adrian! – reclamei.
-Oi? – Adrian falou
alguns degraus a frente.
-Espera um
pouco... Se você está aí... – raciocinei.
Me virei, e
olhei para meus pés, havia várias piranhas ao redor deles.
-MAS O QUÊ É
ISSO? – gritei para o teto, esperando que Grandark estivesse vendo.
Comecei a subir
voando, transformado em
dragão. A água subia mais, e mais.
“Qual o tamanho
do buraco que o Adrian fez naquele maldito cano d’água?” reclamei por
pensamento.
Era
surpreendente a velocidade com a qual a água vinha aparecendo, em poucos minutos,
o corpo de Melody, Adrian e Blanorcana, estavam coberto de água até o pescoço.
Para a minha sorte, o teto era grande. Olhei para trás.
A escada, que
era totalmente branca, e dava várias voltas em círculos, estava totalmente
azul, coberta de água.
Eu fui voando
cada vez mais para cima, sem perceber para onde estava indo, eu estava muito
distraído com o que estava ocorrendo. E antes que eu pudesse ver para onde
estava indo, num ato repentínuo , bati minha cabeça com força em alguma coisa.
Cai com tudo na
água, já transformado em humano, e fiquei boiando até Melody sair debaixo da água
rodeada por um escudo azul, e me acordar me dando um tapa na nuca.
-Acorda. – ela reclamou.
Olhei, quieto,
para o local onde bati a cabeça, e percebi uma coisa. Eu havia batido a cabeça
numa espécie de alçapão!
“Finalmente um
local de fuga.” Pensei aliviado.
Avisei o pessoal
sobre o alçapão, e o primeiro que reclamou foi Adrian, com a questão: “Como
vamos chegar lá?”.
Ora essa, é
simples, eu e Melody vamos voando, Adrian faz uma escada mágica de água ou sei
lá o quê, e Blanorcana vai de carona com Melody.
Expliquei meu
pequeno “plano” para o pessoal, e todos acharam uma boa ideia.
-Simples e
eficaz. – Melody aprovou.
-Obrigado. –
falei virando dragão e voando até o alçapão.
Girei a maçaneta
e puxei a porta. Nada aconteceu. Tentei empurrar a porta, mas também não
funcionou. A água continuava a subir, e subir.
-Vai demorar
muito? – Adrian apressou.
-Er... Está
trancada... – falei pousando na escada encharcada.
-O QUÊ? – todos gritaram.
A água subiu até
o meu pescoço, e afundou a cabeça de todos, que lutavam para subir para cima.
A corrente da água
estava mais forte. E foi subindo, e subindo.
Até chegar ao
teto, e todos afundarmos lentamente... Completamente sem ar...
Nenhum comentário
Postar um comentário