segunda-feira, 15 de julho de 2013

As Pedras de Elementra - Parte 2. Capítulo 2.





2. A misteriosa Ilha de Subna



-Vocês não sabem esperar?! – reclamei.

-Não. – Melody riu.

-Eu disse para você não vir! Parece criança! – Kathryn me xingou, enquanto começava a flutuar.

Melody começou a voar também.

-Olha, eu não sei por que, mas eu quero muito ir, e é isso que irei fazer. – expliquei.

Abri minhas asas e as segui.

-Para onde vamos? – perguntei ansioso.

-Nenhum lugar que você conheça. – Kathryn brigou.

“Ela está realmente brava...” pensei chateado. “E se isso acabar afetando a missão?”
Melody se aproximou e interrompeu meus pensamentos.

-Não se preocupe. – ela tranquilizou. – Ela só está chateada por causa da Mellany... Minha irmã...

-Eu não quero pedir detalhes no momento... – suspirei. – Mas aonde vamos?

-A uma ilha. Ela se chama ilha de Subna. Não conheço muito por lá...

Continuamos voando em silêncio. A viagem seria bem longa.

.    .    .


O mar cristalino estava logo abaixo de nossos pés, enquanto completávamos a nossa viagem. Tudo estava indo perfeitamente bem. Nada explodiu, ninguém foi atacado... Bom, até agora.
Melody e eu estávamos conversando, enquanto Kathryn liderava. Até que Melody teve uma idéia.

-Vamos fazer uma corrida?

Kathryn se virou de vagar e nos encarou com uma cara de “eu vou te matar” e depois simplesmente se virou e continuou o rumo.

-Ela não disse nada... Vou contar como um sim. – Melody riu voando na frente.

-HEY! ISSO É TRAPAÇA! – falei voando atrás dela.

-PAREM COM ISSO! – Kathryn berrou.

“Como ela está chata!” pensei irritado. “Tudo bem, ela está estressada por causa da suposta irmã de Melody. Mas não precisa descontar em todo mundo!”
Tentei esquecer isso e passei a frente de Melody.

-AHÁ! – ri triunfante.

Voei triunfante, até que ouvi algo em minha mente.
“Você sabe para onde vai?”
Olhei para trás confuso, e Melody ria de mim.

-Você sabe? – ela perguntou.

Voltei para trás de Kathryn em silêncio.
“Eu deveria anotar as habilidades de cada um, só assim para lembrar!” pensei.

-Eu ouvi isso. – Melody respondeu há meus pensamentos.

-PARA COM ISSO!

Kathryn voava quieta, e sussurrava para si mesma.
Algo sobre idiotas e pessoas indecentes. Mas eu fico pensando... Estaria falando de quem?
-De nós, seu idiota. – Melody respondeu.

-Pode parar por favor?

-Não. – Melody cantarolou.

-Parem de brigar e olhem! – Kathryn resmungou, e depois apontou para um ilha.

-Parece pequena... – exclamei.

-Porque ela é pequena. Relativamente pequena. – Melody explicou.

Apressei o vôo, e assim que consegui, me destransformei e pulei na areia. Quase que caio e bato a cabeça numa pedra.

-Quase... – suspirei.

Melody e Kathryn viram que eu estava em terra firme, e voaram mais rápido.
Depois que todos estávamos já na grama, perto de umas árvores, Kathryn explicou como procuraríamos as pedras.

-É o seguinte. Cada um vai para um lado, o primeiro que vir algo estranho, deve avisar, entenderam? – Kathryn explicou com voz rígida.

-ESTÁ BEM, CAPITÃO! – Melody brincou.

-Isso é sério Melody. Se você não quer fazer um bom trabalho, e salvar o mundo de Aron e de sua irmã maluca, vá para casa. Eu não quero ter que ficar aqui aguentando suas bobagens! – Kathryn deu sermão.

Tentei acalmá-la. Mas estava muito irritado, e então ela saiu bufando, por uma trilha pela esquerda.
-Deixa Selion... – Melody falou com um ar triste. – Eu sabia que isso iria acontecer.

-Não é culpa sua...

-Claro que é. Mas você não entenderia. – ela explicou, e então correu por uma trilha na praia, atrás da pedra.

Tentei pedir para ela esperar. Mas não me ouviu.
Eu olhei ao redor, perdido, tentando procurar um caminho para seguir. E só me restava um, o caminho pela floresta.

-Bom... Lá vamos nós. – falei entrando na floresta.

Havia cada árvore por lá... Muitas eram frutíferas. Haviam várias delas. Coqueiros, bananeiras, pomares, laranjeiras... Muitas árvores.
Eu ficava andando pela trilha, olhando pela grama e pelas árvores, procurando uma pista da pedra. Até que eu notei algo estranho. Um pequeno rastro no chão, perto de uma raiz grande de árvore, que parecia não pertencer a nenhuma das árvores ao redor. Eu suspeitei um pouco, mas deixei de lado e segui a trilha.
Aquilo não parecia importante.
Enquanto eu andava, Melody me mandava mensagens telepáticas, me avisando caso achasse algo.
Eu não sabia o que se passava com Kathryn. E se era para ela começar a me xingar, eu prefiro nem manter contato.
Eu estava começando a sair do túnel de árvores, quando vi algo logo há frente.

-Como...? – exclamei.

HAVIA UMA ENORME CRATERA NO CHÃO!
Um buraco gigante, que era tão fundo, que não era possível ver aonde ia dar.

-Você tem um problemão em seu caminho, meu amigo. – Polar falou, surgindo do nada.

-POLAR!? VOCÊ ME ASSUSTOU! – exclamei.

-Desculpe.

Nós tentamos ver o fim do buraco. Mas, como disse antes, não era possível.

-Polar, poderia avisar Melody e Kathryn sobre isso? – pedi.

-É pra já. – Polar falou, voando em uma velocidade super rápida.

-Nossa... – desabafei, olhando árvores caídas.

Fui até ela e arranquei uma laranja da árvore.
Eu cheirei ela, para ver se estava boa, e me surpreendi. Estava com um cheiro horrível.
Joguei ela no buraco, e então tentei pegar outra. Também estava podre. Eu repeti a sequencia várias vezes, mas todas estavam ruins.
Tentei pegar uma maçã. Também estava podre.
Eu me perguntava o que estava acontecendo naquele lugar.
Tentei uma última fruta. Dessa vez uma manga. Ela também estava horrível. Intrigado com aquilo, fiz minhas garras de dragão aparecerem, e então furei a fruta. Dentro dela, havia uma pequena pedra marrom, que estava deixando o interior da fruta podre.

-Mas o quê...?

Peguei outra fruta, e a furei ao meio. Estava a mesma coisa.
Tentei com uma laranja dessa vez. Também estava assim.

-Será que o Polar sabe o que é? – eu me perguntei.

Abri uma fruta ao máximo, e tentei com cuidado pegar a pedra. Ao tocar nela, fui obrigado a recuar.
Ela era super fria! Só ao toque, já congelava meu dedo.

-Hm... – murmurei pensando. – Talvez, mas só talvez, tenha haver com a pedra que está por aqui! Mas qual será?

“Talvez da água...” eu pensava alto.
E então, Polar chegou triunfante.

-Foram avisadas. – ele contou.
-Você sabe o que é isso? – perguntei mostrando a fruta partida em minhas mãos.

-A, muito obrigado mestre! – Polar agradeceu contente.

-O quê...? – eu me perguntava.

Sem pensar duas vezes, Polar esticou a mão, pegou a pequena esfera dentro da fruta, e a comeu.

-POLAR! ISSO NÃO É COMIDA! – surtei.

-Pro meu povo é.

Isso me fez parar para pensar. Se aquilo era comida de “Polares” ou seja lá qual for a raça dele... O quê aquilo estava fazendo numa ilha?
Ou melhor, o que exatamente eu iria achar nesta ilha? A pedra talvez? Ou só mais problemas?

-Polar, elas estão vindo? – perguntei.

-Bom... Sim e não. Elas acharam suas próprias pistas. Vão investigar, e te ajudar depois. – ele explicou.

-Está por nossa conta. – suspirei.

-Essa não. – Polar ironizou.

Eu ri forçadamente, e deixei minhas asas abertas, para caso eu precisasse voar.

-Pronto para cair num buraco escuro e sem fundo?

-Não. Posso ir pra casa? – ele implorou.

-Sem preguiça, Polar! Ânimo! – eu encorajei.

-Não, obrigada.

Eu fui atrás dele, e o empurrei no buraco, e saltei logo atrás dele.

-ISSO NÃO SE FAZ! – Polar gritou em protesto.

-É ISSO QUE DEIXA A AVENTURA DIVERTIDA! – eu ri, enquanto caia.

Agora é só esperar. Vamos ver o que a ilha de Subna têm guardado para nós dois! 

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