2.Bem-vindo a tribo.
Era mesmo
uma menina, ela tinha um longo cabelo preto, com uma franja de pontas roxas,
tinha olhos lilás, era de altura média e era meio magra.
-Você é o
Selion, estou certa? – ela falou adivinhando meu nome.
-Sim... –
respondi. – E você?
-Melody. –
ela falou. – E antes que me pergunte, quero te entregar uma coisa... – ela
continuou procurando alguma coisa no bolso.
Era um
bilhete.
-Tome. –
ela falou se aproximando de mim e me dando o bilhete. – Vá a hora que quiser,
só assim poderá se desfazer das suas dúvidas.
-Mas... –
tentei falar.
Mas ela
havia sumido de lá. Será que ela era uma ilusionista querendo fazer propaganda
do seu show?
-Hey
Selion. – alguém falou.
Me virei e
vi que era a Sakura.
-Oi. – ela disse.
– Que cara é essa? Parece que viu um fantasma.
-E-Eu acho
que vi sim. – respondi confuso.
-Como
assim?
-Sakura,
você sabe onde fica essa endereço? – perguntei, mostrando o bilhete.
-Sei sim,
fica no centro da cidade, é bem pertinho daqui.
-Me leva
lá? – perguntei ansioso.
-Claro,
tenho muito tempo antes do almoço.
...
-É aqui? –
perguntei confuso.
-É sim.
Aqui diz: Rua dos Irmãos Bomlevard, primeiro beco, ande reto até o fim.
-Aqui
estamos então... – declarei.
-Porque me
trouxe aqui?
-Porque...
Uma pessoa apareceu e me deu esse bilhete... Eu achei que, talvez eu pudesse
achar o que eu estou procurando...
-E o que você está procurando?
-Esclarecimento,
quero saber porque quando eu era criança meu quarto pegava fogo a noite, porque
meus pais diziam que eu era diferente dos outros, e porque eles me mandaram
para fora de casa! Têm que haver uma explicação boa! – resmunguei.
-Muito
bem... Sejam bem-vindos a Grand Elementra. – a voz metálica que eu havia ouvido
outra noite falou de novo.
-Você
ouviu isso Sakura? – perguntei.
-Não...
Mas eu ouvi uma voz de uma menina... – ela falou tremendo.
-Isso ta
estranho... – perguntei confuso.
De repente
senti uma corrente de ar fria e um buraco enorme abriu na parede, e o vento nos
empurrou para dentro. Era um tipo de escorregador. No inicio eu e Sakura
gritamos assustados, depois começamos a gritar felizes, até que era divertido.
-UHUUUUUUUUUUUUUU!!
– eu gritava sem parar.
Do nada,
vi uma luz se aproximando... Cada vez mais perto... Até... “BOOM” saímos de lá
e caímos em cima de vários colchões.
-Se
quebraram? – ouvi uma voz dizer.
-Acho que
sim, eu disse pra botar só uma escada mas nãooooo, “Isso não seria divertido!”.
– ouvi uma voz masculina reclamar.
-S-sakura?
Você ta bem? – murmurei e depois desmaiei.
...
-Ai... –
acordei deitado numa cama preta. – Onde estou? Porque estou dolorido? E porque
eu tenho garras? O QUE EU TENHO GARRAS? – falei totalmente abalado, depois me
acalmei e vi que eram apenas curativos. – A pancada foi forte...
-Que bom
que acordou. – uma voz doce falou entrando pela porta.
A
reconheci no mesmo momento, era a menina que me deu o bilhete.
-Argh! É
você! Agora posso desabafar: Quem é você? Porque me quebrou todo? Cadê a
Sakura? Vocês têm comida? ME QUEBRAR DA FOME! – comecei a reclama, observação:
não penso bem com fome.
-Calma,
uma por vez. Primeiro: Eu sou Kathryn, e desculpe por minha idéia do
escorregador ter te machucado, mas olhe o lado bom, aquela que você chama de
Sakura está bem... – ela disse com um sorrisinho falso. – Ela está no quarto ao
lado e já o seu problema da fome... Depois você poderá comer, você está em sua
nova casa. – ela disse um grande sorriso.
-Quem era
a garota que tentou me atingir com um raio de luz? – falei ainda atordoado.
-Que bom
que a conhece! Venha comigo. – ela falou depois me ajudou a levantar e me levou
ao quarto da frente. – Pode falar com ela.
E antes
que eu pudesse falar qualquer coisa a porta se abriu e eu fui empurrado para
dentro.
-Olá
Selion, - a garota de cabelos longos falou, notei que ela tinha olhos lilás. –
Eu sou Melody. Uma maga qualquer.
-Você
disse maga? – falei confuso. – É difícil assimilar tudo isso, escorregadores
mortais... Pedras que brilham... Magas que tentam me matar... Hey, porque você
queria me matar?
-Eu só
estava te testando, e passou no teste. – ela falou pegando uma espécie de
maquina dourada. – Parado.
Ela abriu
a máquina e eu vi uma luz passar dos meus pés até minh cabeça, e uma voz
metalizada dizendo: “Processando dados” e logo depois “Dados processados!”.
-Uia, -
ela falou contente. – estou na presença de um dragão arqueiro que luta kung-fu.
E você Selion, também é felixiano. Você veio de um planeta escondido do lado de
marte. – ela completou sorrindo.
-Você está
louca. – falei tossindo.
“Será que
ela está certa? Eu sou um dragão alienígena? Isso explicaria porque meu quarto
pegava fogo... Mas isso é impossível!” pensei.
-Fale por
si mesmo, e você sabia que a sua amiga é uma espadachim sobrenatural? A e olhe
seu celular, vai ter uma surpresa.
Fiquei na
dúvida, será que eu deveria olhar? A curiosidade me consumiu, peguei o celular
e vi 5 bolas de pelos coloridas, as mesmas do meu sonho... Será que estavam me
enganando? Ou tudo é real? Continuei olhando meu celular e as bolas de pelos
sumiram e no lugar delas uma outra criatura apareceu: era uma espécie de bola
de metal cinza com olhos verdes, e com cabeça rodeada de um fogo azul, e tinha
2 braços e 2 pernas saindo do fogo.
-O QUE É
ISSO?? – gritei estranhando,
Se isso
acontecesse com você o que você faria?
-Já
conheceu seus mascotes? Que bom, – a maga falou atrás de mim. – deve estar com
fome...
-Muito...
– falei com os olhos vidrados no celular.
-Oi. – a
criatura falou de dentro do celular. – Eu sou polar , e você é meu mestre.
Eu vi
luzes atrás de mim e quando vi a maga estava segurando um sorvete de flocos
(meu favorito). Ele veio flutuando até mim, e eu o peguei e comecei a devorá-lo.
-Acho que
posso me acostumar com isso. – falei aproveitando cada colherada do sorvete.
A maga
riu.
-Você que
fez maga? – perguntei.
-Eu tenho
nome... Mas fui eu sim, tem mais no
freezer.
-Só têm
nós 3 nesse lugar? – perguntei.
-Não,
ainda temos por aqui, o Grandark, o Lief e a Richard. – ela comentou.
-A...
quase esqueci, cadê a Sakura? – perguntei.
-Antes
disso você têm que saber quem nós somos: A gente se nomeou Grand Elementra.
-O que é
Elementra? – perguntei.
Quando
falei isso minha mochila começou a brilhar. Eu a abri e vi que era só a pedra
que eu havia pego.
-Que
brilho é esse? – ela perguntou.
-É só uma
pedrinha que eu achei, - falei revirando a mochila para pegá-la.
Assim que
eu a mostrei para a Melody, ela fez uma cara de felicidade e todos os objetos
da sala começaram a flutuar.
-SE
ACALMA! – falei quase batendo no teto.
-Desculpe,
- ela falou fazendo tudo voltar ao normal. – é que você achou a primeira pedra
de Elementra!
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