9.A
chegada de recrutas.
-Que tal dividir os Pufis? – reclamei.
O Firus e o Lenny não paravam de correr. E
o Cannon ficava pulando de um lado para o outro com uma capa.
-Por favor. – implorei.
-Aff. COMO QUISER! – Richard reclamou.
De repente senti a falta de alguém. E caiu
minha ficha de quê não via Blanorcana desde manhã.
-Gente... Vocês viram a Blanorcana? –
perguntei.
-Como assim? Ela não estava recrutando? –
Melody perguntou.
-Não... – eu falei chutando uma pedra.
Estávamos do lado de fora da casa. No
pequeno parque da cidade.
-Vou ver se o Saladin a viu. – falei
assobiando.
Um pequeno grifo marrom saiu de dentro da
casa e me cumprimentou com um pequeno rugido de felicidade.
-Saladin, você por acaso, viu a
Blanorcana? Ela é uma alien com pele meio azul... – expliquei.
Ele balançou a cabeça.
-Tudo bem então... Pode voltar pra dentro.
– falei arrasada. – Melody, pergunta para o Frank. – sugeri tentando me animar.
Eu NUNCA, havia perdido uma recruta do
grupo antes. Sou eu que cuido dos novatos, e me encarrego das missões atrás de
recrutas... Eu havia sugerido ao pai dela que a mandasse para cá por
segurança!
-Gente... Tive uma idéia! – Richard
sugeriu.
-Qual é? – Melody falou fazendo um feitiço
de encantamento para chamar o Frank.
O Frank, é o pégasus com chifre de
unicórnio da Melody. Eles são muito unidos. Mas ela não fala com ele a um
tempo, porque ele está se recuperando de um grave ferimento, que teve na sua
última batalha. Mas ele anda livre, por aí falando com os recrutas. Se alguém
saí ou entra da cidade, o Frank sabe. Foi assim que soubemos do Selion.
Melody terminou de encantar o feitiço.
Esperamos três segundos. E o Frank apareceu perguntando:
-Chamaram?
-Sim. – Melody falou com uma cara triste.
Ela ainda se sente culpada...
-Você sabe onde está a Blanorcana? Uma
alien do planeta Nibiru. – perguntei.
-Ela está nesse momento... Indo em direção
a sua nave. Que está... Escondida nas montanhas. – ele explicou.
-Essa não. – falei batendo a mão na testa.
-Quem vai atrás? – Richard perguntou.
-Que tal você Richard? – opinei.
-Mas... Mas... E se eu me perder? – ela
falou guardando seu leque.
Eu pensei : “Aleluia”. Ela estava a muito
tempo brincando de abrir e fechar o leque. Aquilo estava irritando, e
finalmente parou.
-Você terá companhia. – Frank falou. – Um
novo integrante chegará... Agora. – ele falou apontando para uma árvore.
De lá saiu uma cobra. Rastejando até nós.
Eu gritei a plenos pulmões, já que tenho pavor de cobras. Comecei a flutuar
para cima, e me escondi em cima do telhado.
-Reação exagerada... – Frank reclamou.
Nem liguei, meu pavor de cobras supera
isso.
-TIREM ESSE BICHO GOSMENTO DAQUI! – gritei
apavorada.
Percebi que a cobra começou a crescer, e
de um segundo pro outro, era uma pessoa mais ou menos comum. Tinha olhos verde
escuros, cabelo beeeeem comprido. Usava uma camisa com o símbolo de uma cobra,
como se fosse um brasão. Usava calças curtas, com desenho de escamas de cobra.
Olhei para a sua boca, e vi que, mesmo sendo humano, ainda tinha presas de
cobra na boca.
-Ooooollllllá... – ele falou com uma voz
de cobra.
-AAAAAAAAAAAAAAAAAA! – gritei apavorada.
-Voltando... Agora você não precisa ir
sozinha Richard. – Melody falou vendo o lado bom.
-TÁ LOUCA? NÃO VOU SOZINHA COM O
HOMEM-COBRA! – ela reclamou gritando.
-Eu tenhoooooo noooomeeee... – o
homem-cobra falou ainda com a voz comprida de cobra.
-E qual seria? – Frank perguntou.
-Meuuuuuuuu nooommeeeee... É
Sssssnapeeee... – ele completou.
-DÁ PRA PARA COM ISSO?! – reclamei do telhado.
-Tá bom. – ele falou com voz normal.
Desci do telhado.
-Bem melhor. – elogiei.
-E agora? – Richard perguntou. – Eu não
vou com ele. Ele que fique com a Sakura.
-Esperem... – Frank falou. – Kathryn,
lembra do Éolo?
-Aham... Porquê?
-É que ele ta chegando. – ele falou
tossindo.
Olhei para as árvores. E uma pessoa
apareceu, era o Éolo.
-Você acertou de novo, Frank! – falei
admirada. – Ele é o Éolo, mas ele estava numa missão para recuperar as
pedras... – falei o apresentando para Richard.
-Eaew. – ele falou abanando para nós.
Olhei melhor e uma pessoa saiu atrás dele.
Opa, duas pessoas, uma menina e um menino. Reconheci na hora, a menina era a
Blanorcana.
-BLANORCANA! – gritei. – Que bom que você
está bem, eu fiquei preocupada, seu pai iria me matar se eu te perdesse. –
reclamei.
-Eu não sou criança ta? – ela falou com
cara feia.
-Achei ela tentando voltar para Nibiru. –
Éolo comentou.
Éolo tinha olhos cinza, usava uma camisa
onde estava escrito: “Não gosto que leiam minha camisa!”, usava uma bermuda
jeans simples, e chinelos. E sempre carregava seu mascote, o Dug, um cachorro
peludo com asas. Notei que ele não estava ali.
-Cadê o Dug? – Melody perguntou.
-Dentro de casa, mandei ele vir para cá
mais cedo, ele estava com dor de cabeça... – ele contou.
-Esse Dug... – falei com voz irônica.
-A... Quase esqueci, eu encontrei esse
garoto na minha missão. – Éolo falou apontando para o garoto ao seu lado. –
Esse é o Adrian.
Ele tinha olhos escuros, e um cabelo curto
de cor verde claro. Usava uma camisa que dava para ver que era pelo menos um
número maior que o dele, e calças curtas de uma cor preta azulada. Usava um
tênis comum.
-Oi... – ele falou envergonhado.
-O quê você faz? – perguntei com uma voz
simpática.
Ele olhou para mim, e fez sua mão virar
mão de tigre. Depois um monte de água apareceu, e fez uma bola d’água ao redor
da mão dele. Depois a água caiu no chão e a mão voltou ao normal.
-Richard, encontrei um amiguinho pra você.
– falei para a Richard.
A Melody riu. E a Richard rosnou. O quê
fez a Melody rir mais.
-Agora vamos falar sério, vamos nos
dividir! – sugeri.
-Mas a gente já fez isso. – Melody
explicou.
-A Sakura sabe que vai ficar em casa
sozinha com um réptil de sangue frio. Sem ofensas. – declarei.
-Não ofendeu. – Snape respondeu.
-Eu vou chamá-la. – Éolo falou indo até a
casa. – Só uma pergunta: Quem é ela?
...
-Tudo bem, eu fico aqui com ele. – Sakura
falou tranquila. – Eu espero aqui, tomando conta do Selion, vai que o Grandark
volta.
-O meu medo é que... – comecei a falar. –
A deixa pra lá.
Eu estava com medo que a pedra da luz
entrasse em choque, pela magia da pedra das trevas, e acabe desintegrando as
duas. Mas não têm como acontecer... Ou... Será que pode? Por segurança guardei
a pedra da luz. Vai que acontece...
-Olha, eu vou ficar também. – Richard
decidiu. – Já que Blanorcana voltou...
-Nada disso! Vai comigo. – Melody falou
irritada.
-Vocês não me explicaram nada! – Éolo
reclamou, cruzando os braços.
-Olha, um dos recrutas, foi petrificado,
eu vou com o Snowy e o Ken, dois Pufis, atrás da pedra de Quartzo para
libertá-lo. O Misake vai comigo. Enquanto isso, Melody e Richard, e os Pufis
que sobraram, vão seguir o rastro de energia de Grandark. Entendeu? –
expliquei.
-Posso ir junto? – Éolo perguntou.
-Claro. Mais um não faz mal. – falei
sorrindo.
-Eu fico aqui com a Sakura e a Blanorcana.
– Snape lembrou.
-Como quiser. – Melody declarou. – Fique a
vontade.
-Ótimo... – ele falou se deitando no chão.
Comecei a sentir um cheiro estranho, um
fedor azedo. Dava vontade de vomitar.
-ECA! QUE CHEIRO É ESSE?! – disse
irritada.
Tapei o nariz e encarei o Snape.
-O quê você fez, Snape? – Melody
perguntou, também com o nariz tapado.
-É o odor das cobras... Eu só estou o
descarregando no ar, para tirá-lo do meu corpo. – ele explicou – Ou preferem
que eu fique cheirando desse jeito? – ele perguntou com irônia.
Deixei o cheiro de lado.
-E quanto a esse ser aqui? – Éolo
perguntou apontando para o Polar.
-Verdade, Polar vai fazer o quê? – Richard
perguntou.
-Estou ficando fraco... Vou voltar para o
celular de Selion. – ele explicou com a voz rouca.
-E como vai voltar depois? – perguntei
pensando em como ele iria sair.
-Saindo ué. Eu não conseguiria se por
acaso eu tivesse sido enterrado no cristal como ele. Ma já que sai a tempo.
Posso ir e voltar, agora se me dão licença... Eu vou indo. – ele falou se
retirando da sala.
-Ótimo, ele vai hibernar. – falei zoando
com a cara do coitado. – E agora? Mais alguém quer perguntar algo?
-Eu! – Blanorcana falou levantando a mão.
-Fale. – Melody pediu.
-QUERO VOLTAR PRA CASA! – ela brigou.
Na hora que ela disse isso, conjurei um
raio, e a atingi, fazendo-a adormecer.
-Talvez depois... – ela falou sonolenta
antes de cair no chão.
-Não achou meio violento? – Melody
perguntou.
-Nem... Ele não machucou. – esclareci. –
Eu acho.
Homem-cobra??EU TE MATOOW
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